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Voltar 08/11/2018
Patrícia Martins de Rezende – Médica Veterinária, Promotora Técnica Real H – Campo Grande/MS. CEP 79043-000
Prof. Dr. Claudio Martins Real – Professo emérito UFMS – Campo Grande/MS. CEP 79043-000
Resumo
Na clinica de cães e gatos problemas hepáticos e renais contribuem com uma grande parcela na casuística, entre estes a insuficiência renal é a causa líder da mortalidade nestes animais, sendo que nos caninos os problemas hepáticos crônicos são mais comuns que os agudos. Na casuística destas patologias vários fatores estão envolvidos: genéticos, infecções, alérgicos, e medicamentosos.
O tratamento das patologias destes dois importantes órgãos consiste basicamente em medicações de suporte para o organismo, tratando os sintomas e modificando o regime dietético.
As Insuficiências Hepática e Renal graves são patologias de difícil tratamento e muitas vezes torna-se difícil a recuperação funcional destes órgãos.
A Homeopatia tem sido utilizada com eficiência no tratamento destas patologias. Ela age estimulando o restabelecimento das funções do Fígado e dos Rins melhorando os respectivos desempenhos.
Introdução
As Insuficiências Hepática e Renal estão entre as principais causas de mortalidade de cães e gatos.
Nos felinos os sintomas de uma Insuficiência Hepática são bem marcantes e característicos tais como: icterícia e hepatomegalia. O contrario se passa com os caninos, nesta espécie os sintomas de insuficiência hepática não são tão característicos, sendo necessária na maior parte dos casos, a realização de exames laboratoriais mais abrangentes e, às vezes, testes seriados para alcançar um resultado diagnóstico preciso (NELSON e COUTO, 2005).
Os animais acometidos há algum tempo, semanas ou meses (hepatite crônica), apresentam uma variedade de sintomas que incluem desde vômitos, anorexia, perda de peso, letargia, icterícia, esta com mais frequência nos felinos, ascite, convulsões (encefalopatia hepática) e hemorragias (DUARTE e USHIKOSHI, 2005).
Doenças hepáticas caninas adquiridas conhecidas coletivamente como Hepatite Crônica podem estar relacionadas a fatores: raciais, idiopáticos, tóxico-medicamentosos e infecciosos (NELSON E COUTO, 2005; INKELMANN et.al, 2007)
No tratamento dos cães com doença hepática crônica os cuidados higiênicos de suporte e dietéticos ocupam papel de primeira grandeza, enquanto que o tratamento específico deve ser dirigido à etiologia, quando esta é conhecida. O prognóstico em geral é reservado a desfavorável, principalmente naqueles casos de doenças hepáticas onde a causa não puder ser identificada (NELSON E COUTRO, 2005).
Segundo Nelson e Couto (2005) nas Hepatopatias tóxicas agudas (hepatoses), os principais agentes causadores são as medicações de uso prolongado e também as toxinas ambientais. Elas causam dano hepatocelular direto, o que resulta na morte celular. Os sinais clínicos e as características clinicopatológicas da hepatopatia tóxica aguda são semelhantes às outras hepatopatias, sendo a êmese um sintoma comum. O tratamento para a hepatopatia tóxica aguda é o de suporte. Suprimindo a causa as melhoras nos sinais clínicos e nos testes clinicopatológicos aparecerão rapidamente. Se uma grande quantidade de células hepáticas for seriamente lesada ou destruída e houver continuidade na ingestão do tóxico a insuficiência hepática pode persistir e se tornar crônica (NELSON E COUTRO, 2005).
A Insuficiência renal ocorre quando cerca de ¾ dos néfrons de ambos os rins param de funcionar, ela é uma patologia responsável por grande mortalidade entre caninos e felinos (NELSON E COUTO, 2005).
Um quadro agudo de insuficiência renal (IRA) é o resultado de queda abrupta da função renal e geralmente resulta de uma ação tóxica ou um processo septicêmico grave que comprometa grande número de néfrons reduzindo bruscamente a capacidade funcional e depuradora dos rins, chegando muitas vezes a um quadro de oligúria ou mesmo anúria. As lesões e a disfunções tubulares na IRA podem em parte ser reversíveis.
A IRA ocorre em questão de horas ou dias após a ação danosa (NELSON e COUTO, 2005). Os principais sintomas clínicos desse quadro são letargia, depressão, anorexia, vômitos, diarreia, desidratação, estomatite e ulceras orais.
O tratamento consiste em procurar corrigir os distúrbios hemodinâmicos renais e aliviar o desequilíbrio hídrico na expectativa de que os néfrons se recuperem e/ou se hipertrofiem, além do uso de anti-infecciosos ou antitóxicos conforme a etiologia.
No caso da Insuficiência renal crônica (IRC), segundo FORRESTER, et. al, (1998), citado por SANTOS (2006), a causa da IRC, ao contrario do que ocorre na IRA, é difícil de ser determinada, pois o processo cursa com fraca intensidade e ação prolongada, levando à reação cicatricial e substituição dos néfrons destruídos pelo tecido conjuntivo intersticial, chegando a Esclerose Renal. A IRC tem duração de semanas, meses ou anos.
Os sinais clínicos na IRC são discretos e incluem histórico de perda de peso, polidipsia e poliúria, má condição corpórea, anemia não regenerativa, rins pequenos e irregulares.
Em estagio avançado geralmente é impossível restaurar a função renal. O objetivo do tratamento é o de reduzir os sinais clínicos associados à diminuição da função renal e prolonga a vida do animal (NELSON e COUTO, 2005).
Nas insuficiências hepática e renal tanto agudas como crônicas a Homeopatia se apresenta como mais uma terapêutica para o tratamento de destas patologias.
A Homeopatia foi criada pelo médico alemão Samuel Hahnemann, (1775-1843), no final do século XVIII e pode ser sintetizada com as próprias palavras de seu criador: “A Homeopatia é a terapêutica que consiste em dar ao doente, em pequenas doses, a substância que experimentada no homem são, reproduz os sintomas observados, obedecendo à lei dos semelhantes – Similia similibus curantur” (REAL, 2008).
A Homeopatia no tratamento da insuficiência hepática protege e estimula à função do fígado, favorecendo a desintoxicação do organismo. Na insuficiência renal a Homeopatia tem a mesma função, ela estimula o funcionamento renal, promovendo a recuperação dos néfrons comprometidos.
Este tipo de resposta dificilmente ocorra no tratamento alopático.
Objetivo
Este trabalho relata o caso de uma cadela com Insuficiência Hepática e Renal em estagio avançado. O animal não se alimentava mais, estava com vômitos, ictérica e com anemia intensa, os valores de hemoglobina já indicavam a necessidade de uma transfusão sanguínea. Para o tratamento dessa insuficiência renal foi utilizado desde o inicio o produto homeopático [2]Homeo Pet Pró-Rim, que se mostrou eficaz no tratamento da insuficiência renal (Quadro 1).
A insuficiência hepática foi tratada com medicamento alopático [3]SAME que não o surtiu efeito desejado, sendo este então substituído pelo produto homeopático [4]Homeo Pet Pró-Fígado, que com apenas quatro dias de tratamento o animal já apresentava grande melhora nos sintomas e nos exames laboratoriais (Quadro 1).
Relato de Caso
Canino, boxer, fêmea, 13 anos. Proprietária Sra. V. B. – Niterói/RJ
Histórico: em 18/02/12 a cadela apresentava anorexia, vômitos, diarreia com sangue, retenção urinária e icterícia. O veterinário consultado suspeitou de Leptospirose ou Intoxicação por um conjunto de fatores: nova coleira repelente de insetos, duas aplicações recentes de carrapaticida no canil, e ainda uso de medicamento alopático a base de Propentofilina. Em 23.02.12 foram realizados hemograma e dosagens bioquímicas. No hemograma constatou-se que a série vermelha estava abaixo do normal: Eritrócitos 2.66 milhões/μI, Hemogolbina 7 g/dL, Hematócrito 20,7%, e as taxas de Uréia, Creatinina e Fosfatase Alcalina (FA) elevadas, 153,5 mg/dL, 4,2 mg/dL e 652 U/L respectivamente.
Após os resultados laboratoriais, em 26/02/12, teve inicio o uso do Homeo Pet Pró-Rim 3 borrifadas, via oral, 3 vezes ao dia, com o objetivo de estimular a função renal. E para o tratamento do fígado foi usado o medicamento alopático Same.
Com sete dias (03.03.12) de tratamento, não foram notadas grandes melhoras no quadro clinico, o animal continuava apresentando as mesmas manifestações. Foram realizados novos exames laboratoriais, expressos no quadro que segue.
Quadro 01
23.02.12 | 03.03.12 | 16.03.12 | 23.03.12 | 19.04.12 | |
Eritrócitos | 2.66 | 1800×10³/mm³ | 7470×10³/mm³ | 8440×10³/mm³ | 7250×10³/mm³ |
Hemoglobina | 7 | 4,3 g/dL | 16,2 g/dL | 17,7 g/dL | 17 g/dL |
Vol. Globular | 20,7 | 12,5 % | 51,3 % | 57,9 % | 50 % |
Uréia | 153.5 | 52 mg/dL | 43 mg/dL | 80 mg/dL | 52,4 mg/dL |
Creatinina | 4.2 | 2,7 mg/dL | 1,3 mg/dL | 1,3 mg/dL | 0,8 mg/dL |
ALT | 42 | 288 UI/L | 120 UI/L | 216 UI/L | 226,3 UI/L |
FA | 652.4 | 1232 U/L | 382 U/L | 326 U/L | 289 U/L |
A analise do quadro põe em evidencia a ação do Homeopet Pró-Rim caracterizada pela redução dos valores de uréia e creatinina, enquanto que os indicadores da função hepática (ALT e FA) mostraram agravação, o mesmo aconteceu com o quadro hematológico, queda maior no número de eritrócitos, na hemoglobina e no volume globular.
Em 12.03.12, com o aumento das enzimas hepáticas e considerando o bom resultado observado com o uso do Homeopet Pró-Rim®, foi feita a substituição do produto SAME pelo Homeo Pet Pró-Fígado.
Quatro dias após (16.03.12) o inicio do uso Homeopet Pró-Fígado os exames foram refeitos, verificou-se na recuperação nos indicadores da função hepática (ALT e FA) e a dos valores hematológicos.
Com o uso do Pró-Rim a taxa de uréia diminuiu 71,9% e a creatinina 69%. Com o uso do Pró-Fígado ALT diminuiu 58% e FA 68,9%. Os valores de Hemograma que se encontrava muito abaixo do normal normalizaram.
O PCR realizado para pesquisa de Leptospirose deu resultado negativo.
Foi recomendado continuar utilizando o Homeopet Pró-Rim e Homeopet Pró-Fígado por mais 30 dias.
O animal continuou a ser monitoradocom exames laboratoriais.
Conclusão:
O uso de medicamentos homeopáticos sob a forma de complexos se mostrou eficaz no tratamento da Insuficiência Hepática e Renal, pois houve melhore clinica e laboratorial do paciente.
Verifica-se assim que a ação dos medicamentos homeopáticos realizou a recuperação funcional do fígado e dos rins significando a restauração de hepatócitos e néfrons.
Referências
DUARTE, R; USHIKOSHI, W. S. ENCEFALOPATIA HEPÁTICA EM CÃES. Bol. Med. Vet. – UNIPINHAL – Espírito Santo do Pinhal – SP, v. 01, n. 01, jan./dez. 2005
INKELMANN, M. A.; ROZZA, D. B., FIGHERA, R. A.; KOMMERS, G. D.; GRAÇA, D. L.; IRIGOYEN, L. F.; BARROS, C. S.L. Hepatite infecciosa canina: 62 casos. Pesq. Vet. Bras. 27(8): 325-332, agosto 2007
NELSON, W. R.; COUTO, C. G. Medicina Interna de Pequenos Animais. 3° ed. 2005
REAL C.M. Homeopatia Populacional – Fundamentos Ruptura de um Paradigma. A Hora Veterinária – Ano 28 nº 164. 2008
SANTOS, E. T. C. Hemodialise em Cães e Gatos. Curso de Pós-graduação “Lato Sensu” em Clínica de Pequenos Animais. Universidade Castelo Branco. 2006.
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Posso dar pro rim e pro fígado como prevenção para o meucachorro
Olá, Sra. Selma, tudo bem?
Sim, os medicamentos da Homeopet são indicados para prevenção e tratamento, além disso, são atóxicos, sem contraindicações ou riscos de super dosagem.
Atenção: Não medique seu animal por conta própria, faça o acompanhamento com o Médico Veterinário e siga o protocolo de tratamento recomendado por ele.
Por favor com o posso dar este medicamento pra minha gata com insuf renal e hepática?
Bom dia.
Agradecemos pelo seu contato, preferência e confiança na Real H.
Ambos os produtos (Pró-Figado e Pró-Rim) podem ser administrados diretamente na mucosa oral, na água de bebida ou no alimento do animal.
Tendo por DOSE PADRÃO PARA GATOS: 01 borrifada, 03 vezes ao dia. (Cada produto)
Eles podem ser associados sem problema algum, apenas tomando a precaução de dar um intervalo mínimo de 10 minutos entre a administração dos medicamentos, caso estejam sendo borrifados direto na mucosa oral do animal. *Caso opte por borrifá-los na água ou alimento não é indicado misturar os dois produtos no mesmo pote, podendo fazer um em cada pote sem problemas.
Consulte sempre um médico veterinário.
Para maiores informações de como adquirir nossos produtos entre em contato através dos canais de atendimento: [email protected], (67) 3028.9000
Atenciosamente.