A raça appaloosa, também conhecida como “cavalo dos índios”, tem sua origem na América do Norte. Inicialmente os índios da tribo dos Nez Perce, pegavam os cavalos introduzidos pelos colonizadores europeus, dando preferência pelos animais pintados. Estes índios viviam as margens do rio Paloose, que deu origem ao nome da raça.
Os Nez Perce domavam os cavalos pintados, usando-os como meio de transporte, montaria de caça e como instrumento de guerra nas constantes batalhas com os brancos.
Ágeis, rústicos, velozes e resistentes, os cavalos pintados dos Nez Perce atraíam a atenção dos colonizadores, pois eram excepcionais para cavalgadas de longas distâncias e na travessia de regiões íngremes e áridas.
Os cavalos dos Nez Perce foram submetidos a uma rigorosa seleção baseada na resistência, coragem e pelagem pintada. Os indivíduos que não acentuavam estas características eram castrados, para não serem utilizados na reprodução, sendo utilizados apenas como animais de montaria.
No século XX devido a decadências dos índios, estes animais estiveram próximos da extinção. Mas na década de 30 alguns rancheiros descendentes dos Nez Perce, apaixonados pela raça ,criaram a Appaloosa Horse Club – APHC, entidade que se tinha por objetivo maior preservar a história da Raça e garantir seu desenvolvimento. Dentre estes objetivos estava a utilização do cavalo no esporte e lazer, práticas que começaram a crescer na medida em que a mecanização invadiu a zona rural.
Criadores, rancheiros, profissionais do cavalo, esportistas, entidades governamentais se envolveram no movimento. Esta nova realidade foi fundamental para o renascimento do Appaloosa.
Buscava-se a seleção de animais fortes, ágeis, corajosos, mas que também tivessem nos genes a capacidade de transmissão da pelagem exótica típica da Raça. No programa de seleção estabelecido a partir dos anos 30, foram feitas infusões de sangue de cavalos das Raças Árabe, Puro-Sangue-Inglês e, predominantemente do Quarto de Milha.
O primeiro Apallosa a chegar no Brasil veio ainda potro, ao pé de uma égua Quarto de Milha, isso na década de 70. A importação foi feita pelo criador paulista Carlos Raul Consonni. Mas foi o criador Jorge Rudney Atalla, de Jaú/SP, o primeiro a registrar um animal da raça no país.
Em 27 de Novembro de 1977 nasceu a ABCCAppaloosa – Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Appaloosa, reconhecida pelo Ministério da Agricultura. O Stud Book contava, inicialmente, com 45 animais, principalmente de origem importada. Hoje estimasse que tenha mais de 25 mil animais que se distribuem em maior número pelo Estado de São Paulo, seguido pelo Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Goiás, Bahia e Distrito Federal.
A partir do final dos anos 80, intensificou-se a seleção de animais de competição. A primeira prova exclusiva do Appaloosa no Brasil aconteceu em 1987. Começavam a ser instituídos os eventos oficiais como o Campeonato Nacional, o Congresso Pan-Americano, o Potro do Futuro, o Futurity Appaloosa, o Potro de Ouro e os Campeonatos Regionais criados em diferentes Estados do País.
Os animais da raça Appaloosa são considerados bons de sela, sendo, desta forma, úteis nos trabalhos rurais, com gado. Apresentam também boa velocidade a curtas distâncias.
Trata-se de um animal com altura média de 1,50m e peso de 500kg. São animais resistentes e tranquilos.
Em relação a pelagem, admite-se que o Appaloosa possa apresentar pelagem alazã, alazã tostada, baia de alazã, palomina, baia, preta, zaina, castanha, tordilha, rosilha, lobuna, podendo ter ou não variação na pelagem, que podem ser:
A pele despigmentada é uma característica importante para o Cavalo Appaloosa, sendo um indicativo básico e decisivo na raça. Tem a aparência “mesclada”, de área pigmentada e área não pigmentada, diferente da pele cor-de-rosa. Esta pele mesclada pode ser encontrada em várias partes do corpo.
A andadura destes animais é harmoniosa em reta. O pé é levantado livremente e recolocado de uma só vez no solo, constituindo-se no trote de campo.
A cabeça é pequena e leve, com fronte ampla e de perfil retilíneo. As orelhas são pequenas, alertas, bem distanciadas entre si, e com boa movimentação. Os olhos são grandes e devido ao fato da fronte ser ampla, bem afastados entre si permitindo um amplo campo visual, tanto para a frente como para traz, ao mesmo tempo, com o mesmo olho.
O pescoço tem comprimento médio e de forma piramidal, sem desvios de bordos, seja inferior ou superior. Deve-se inserir-se no tronco em ângulo de 45°.
O Appaloosa, quando em trabalho, mantém a cabeça baixa, podendo assim usá-la melhor, e permitindo ao cavaleiro uma perfeita visão sobre ela. O tronco da cernelha ao lombo, deve ser curto e bem musculado, não “selado” especialmente nos animais de lida. Isto permite mudanças rápidas de direção e grande resistência ao peso do cavaleiro e arreamentos. A cernelha é bem definida, de altura e espessura média.
Fonte de pesquisa principal: ABCCAppaloosa.
Conheça os produtos da Linha Equus da Real H.
As palavras inspiradoras do Dr. Carlos Quintana homenageiam o legado do Prof. Dr. Cláudio Martins Real e a revolução terapêutica […]
Institucional21/11/2024