De uma hora pra outra, o seu gatinho, que sempre fez xixi na caixa de areia, começou a urinar pequenas quantidades em vários locais diferentes? Seu cachorro passou a fazer xixi em lugares que ele não costumava fazer, como em pontos espalhados pela casa? Atenção! Talvez ele não esteja apenas ficando malcriado e desobediente. Pode ser sinal de problemas no sistema urinário. O seu pet pode estar com dificuldades para urinar e, quando a vontade vem, onde ele estiver, acaba fazendo um pouquinho de xixi.

A situação mencionada acima é apenas um exemplo dos muitos sintomas que podem ser apresentados, pois as doenças que acometem o sistema urinário causam sintomas específicos e também aqueles comuns a várias outras doenças, “por isso é fundamental o acompanhamento profissional”, alerta a médica-veterinária, Patrícia Martins Rezende, promotora técnica na Real H Nutrição e Saúde Animal.

 Quando o assunto é a saúde do sistema urinário o tema engloba especificamente os rins, a bexiga e a uretra. A médica-veterinária explica que, “como os humanos, os animais podem, por exemplo, ter problemas como, uma uretrite, que é a inflamação da uretra, a cistite e também inflamações e a formação de cálculos (pedras) nos rins”.

Doenças que afetam o sistema urinário são extremamente comuns em todas as espécies e algumas situações tem maior propensão e merecem um pouco mais de atenção como, os gatos machos castrados e os cachorros da raça schnauzer, dálmatas e poodle, “entretanto, destaco novamente que, seja qual for a raça, o sexo ou a idade do animal, há possibilidade de desenvolver doenças do trato urinário”, alerta a Veterinária

Principais Sintomas: aumento no volume da urina, aumento no consumo de água, vomito esporádico, halitose (cheiro desagradável na boca), diarreia devido ao aumento de ureia acumulada no organismo, prostração (animal triste e debilitado), falta de apetite, mudança de comportamento na hora de fazer xixi (local e postura fora do comum), a característica da urina apresenta presença de sangue, odor forte, coloração bastante amarelada e o animal lambe a genitália com muita frequência. Em casos mais graves e avançados o animal para de produzir urina.

Prevenção – Sempre disponibilizar água limpa e em abundância é muito importante. Hoje em dia existem fontes de vários tamanhos e modelos, onde a água fica circulando, dando a ilusão de água corrente e o animal vai tomar muito mais água. Ficar atento também ao alimento, se o animal já apresenta algum problema urinário é importante conversar com um médico-veterinário. Existem rações e até alimentação natural (que não é resto de comida), mas sim um alimento preparado de forma natural  pelo proprietário, especificamente para o animal, são medidas que podem ajudar.

Tratamento – A medicina oferece a possibilidade de tratar os sintomas de forma paliativa com a ajuda da alopatia (tratamento convencional) e também existe a possibilidade de prevenir e tratar com a ajuda da homeopatia, ou até mesmo utilizar simultaneamente as duas formas de tratamento.

A veterinária Patrícia explica que a homeopatia é uma terapêutica que estimula o organismo do animal a reagir diante da doença. Caso seja identificada a pré-disposição para complicações no sistema urinário é importante que a homeopatia seja usada como modo preventivo, assim é possível evitar que a situação se agrave. “Em casos, por exemplo, de um animal que está passando por um tratamento que tenha como efeito colateral doenças do trato urinário ou se ele já teve a doença em outra ocasião é interessante que a homeopatia seja utilizada para prevenção”. A homeopatia não causa efeitos colaterais nem mesmo em caso de superdosagem, por isso, trata-se de um método bastante seguro.