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Pecuária Forte

Tec Mix: Cicatrização de lesões de pele em equinos

Voltar 04/03/2020

Informativo de Resultados Técnicos

Um dos maiores motivos do atendimento clínico de equinos são as lesões de pele. O auto índice de acidentes nesta espécie é devido ao comportamento ativo e as reações rápidas que os cavalos têm, com isso se tornam bastante susceptíveis a sofrerem traumatismos, principalmente quando suas atividades estão associadas a esporte ou tração.

As lesões de pele têm grande importância clínica e econômica. Em geral a cicatrização de feridas apresenta prognóstico favorável, sendo que a cicatrização é um processo corpóreo natural de regeneração concomitante dos tecidos epidérmico e dérmico. Após uma lesão, um conjunto de eventos bioquímicos complexos se estabelece para reparar o dano. O processo cicatricial é dividido em três fases principais: Fase inflamatória, fase proliferativa ou fase de reparo e fase de remodelagem.

Fase Inflamatória: Estabelecida a lesão, normalmente ocorre um sangramento. Este sangue preenche a área lesada com plasma e elementos celulares principalmente plaquetas, que levam à coagulação do sangue extravasado. A fase inflamatória tem uma duração aproximada de três dias e nela ocorre a migração de células de defesa para a área da lesão onde realizam a fagocitose de bactérias e elementos estranhos presentes no local.
Fase proliferativa ou fase de reparo: A proliferação dos tecidos é a fase responsável pelo fechamento da lesão propriamente dita. Nesta fase ocorre a formação do tecido de granulação, que é um tecido conjuntivo frouxo e bem vascularizado que preenche o ferimento. Este tecido protege a ferida, formando uma barreira contra infecções e uma superfície para epitelização.
Fase de Remodelagem: Essa é a última das fases, é a responsável pelo aumento da força de tensão e pela diminuição do tamanho da cicatriz e do eritema.

Quando há anomalias em qualquer umas das fases do processo de cicatrização, podem ocorrer complicações na recuperação.

Em equinos a cicatrização de pele é um desafio para o veterinário, pois são conhecidas as dificuldades decorrentes da formação excessiva de tecido de granulação nesta espécie. Nas extremidades há ainda uma maior dificuldade de cicatrização relacionada a falta de tecido de revestimento, má circulação, movimento articular, maior predisposição a contaminação e consequente infecção.

Pensando em contribuir para uma melhor cicatrização nesses animais e Real H desenvolveu a pomada CMR VET. À seguir serão expostos casos reais de utilização deste medicamento.

Relato de Caso

Caso I

Animal: Equino, Macho
Problema: Lesão Crônica na Garupa
Médico Veterinário Resp.: Dra. Bruna Siqueira
Local: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro –
Seropédica / RJ

O animal possuía uma ferida crônica na garupa há quatro anos (Fig. 01). Ele mordia o local constantemente devido ao intenso prurido, deste modo a lesão estendeu-se. Foram realizados diversos tratamentos alopáticos, em alguns destes o animal chegou a apresentar melhora da lesão, mas conforme o tratamento terminava a lesão retrocedia e o prurido aumentava.

Além dos tratamentos locais e sistêmicos, o equino era mantido amarrado e com um colar, para que não conseguisse acessar a garupa e mordê-la.

Conduta Terapêutica

Após avaliação clínica foi instituído o tratamento com a pomada CMR VET, sendo que a mesma era aplicada uma vez ao dia, sobre toda a extensão da lesão. Após era coberto com algodão e com tecido para proteger o local. Recomendado também o uso do Convert H, para reduzir o estresse e melhorar a absorção de alimentos pelo animal e o Couromax, para otimizar a saúde de pele.

Evolução

Em apenas uma semana de tratamento já era possível perceber diferença na lesão, que começa a apresentar sinais de nova vascularização (Fig. 02). Com cerca de 02 semanas de tratamento o animal conseguiu retirar a proteção feita com o tecido e tornou a morder a ferida. Continuou-se a realizar o
curativo e cobertura do local.

Após 06 semanas a lesão de QUATRO ANOS estava com boa vascularização, tecido de granulação e praticamente fechada (Fig. 04).

Conclusão

A pomada CMR VET foi eficaz no tratamento, promovendo a cicatrização, mesmo se tratando de uma lesão crônica.

Caso II

Animal: Equino, fêmea
Problema: Ferida crônica na região do metacarpo com
fratura exposta
Médico Veterinário Resp.: Dra. Leticia Peternelli da Silva
Local: Universidade de Marília (UNIMAR) – Marília/SP

Histórico

O animal chegou ao setor de Grandes Animais do Hospital Veterinário da UNIMAR apresentando uma extensa ferida na região do metacarpo, com fratura exposta do mesmo (Fig. 1).

Conduta Terapêutica

Após 50 dias tentando estabilizar a fratura, foi realizada a cirurgia óssea e para cicatrização da lesão de pele foi instituído tratamento com a pomada CMR VET.

Evolução

Após 10 dias de tratamento já era possível observar vascularização no local da lesão (Fig. 02). Em 15 dias boa formação de tecido de granulação (Fig. 03) e aos 28 dias lesão a parte de osso exposta já era menor (Fig. 4).


Conclusão

A pomada CMR Vet foi eficaz na cicatrização da lesão, promovendo a recuperação tecidual. Porém a potra era muito agitada e mesmo com pinos e placas desalinhou a estrutura óssea do membro. Foi então recomendada a eutanásia do animal.

Caso III

Animal: Equino, macho
Problema: Lesão por contratura de tendão congênita.
Médico Veterinário Resp.: Luís Guilherme Guerra.
Local: Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (FAMEZ – UFMS)

Histórico

Animal levado ao Hospital Veterinário da FAMEZ – UFMS por não apoiar pata dianteira no chão, o membro ficava dobrada para trás (Fig. 01).

A suspeita é que o animal teve um crescimento maior que o esperado, ainda dentro do ventre da mãe, desta forma não desenvolveu suas articulações adequadamente.

Conduta Terapêutica

Na tentativa de corrigir o posicionamento do membro, foi feita colocação de tala (Fig 2). Porém o atrito da tala com o tecido causou uma lesão de pele. Para cicatrização foi instituído o tratamento com o uso tópico de pomada alopática (Fig. 3).

Após cerca de uma semana o aspecto da lesão não estava bom, então o médico veterinário suspendeu a pomada alopática e iniciou o tratamento com a CMR VET.

Evolução

Após uma semana de tratamento já era possível verificar diminuição no tamanho lesão (Fig. 04). Em três semanas a lesão estava com bom aspecto, bem vascularizada e com boa formação de tecido de granulação (Fig. 05).

O processo de cicatrização continuou a ocorreu de forma satisfatória, sendo observada maior diminuição da lesão após 6 semanadas de tratamento (Fig. 07).

Conclusão

A pomada CMR VET foi eficaz na cicatrização da lesão, que após 60 dias estava completamente cicatrizada, inclusive com crescimento de pelos no local.

A CMR VET promoveu boa vascularização, formação de tecido de granulação e aproximação das bordas permitem que o processo fosse eficiente e rápido.

Literatura Consultada

JÚLIO C. PAGANELA*, LEANDRO M. RIBAS, CARLOS A. SANTOS, LORENA S. FEIJÓ, CARLOS E.W, NOGUEIRA, CRISTINA G. FERNANDES. Abordagem clínica de feridas cutâneas em equinos. Universidade Federal de Pelotas – RS – Brasil. REVISTA PORTUGUESA CIÊNCIAS VETERINÁRIAS. Disponível em: https://www.fmv. ulisboa.pt/spcv/PDF/pdf12_2009/13-18.pdf

REZENDE, P. M., REAL, C. M., CINATO, M. F. T., WAGNER, C. E., LIMA G. V., SOUZA, M. G. Cicatrização de feridas por segunda intenção com complexo homeopático. Revista Nosso Clínico, 2016.

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