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Voltar 03/02/2017
Deodápolis, no Mato Grosso do Sul, recebeu o quarto Seminário Expedição Safra 2016/17, na quarta-feira (1º). O evento foi realizado em parceria com a cooperativa Copasul, que tem sede em Naviraí (MS). A uma plateia de mais de 130 pessoas, o coordenador do Núcleo de Agronegócio da Gazeta do Povo, Giovani Ferreira, disse que o Brasil vai ser o celeiro do mundo e citou o estado do Centro-Oeste como modelo que vai ajudar o país a produzir mais.
Ao longo da apresentação, cujo tema foi “Safra cheia desafia mercado e retomada da produção no Brasil”, ele falou do sistema de Integração Lavoura-Pecuária. Atualmente, Mato Grosso do Sul tem oito bois para cada habitante. As áreas de pastagem ocupam 16 milhões de hectares, e mais da metade está degradada ou em fase de degradação, com cupim, pasto ruim e erosão.
Em cinco anos, porém, é possível recuperar 1 milhão de hectares com o sistema, salientou Ferreira. Além de recuperar o solo, a Integração Lavoura-Pecuária permite ao produtor explorar economicamente a área durante o ano inteiro, seja com grãos, carne ou leite.
“Além de aumentar a qualidade da pastagem, o sistema de integração garante diversificação de renda para o produtor. Não estou afirmando que toda a área será ocupada com soja e milho, mas elas podem ser usadas para outras culturas produtivas”, explicou.
Ao longo da palestra, Giovani Ferreira disse que o Brasil é um dos poucos países do mundo com área suficiente para expandir a produção sem a necessidade de desmatar. “Dos 850 milhões de hectares disponíveis, 61% é de mata nativa. A pecuária ocupa 172 milhões, o agronegócio apenas 8,7% do total”, afirmou.
O coordenador do Núcleo de Agronegócio da Gazeta do Povo ressaltou que em 2050, o mundo terá 9 bilhões de habitantes, e apenas 1,8 hectare produtivo para cada um. “O único lugar com área disponível é o Brasil, por isso precisamos de eficiência, planejamento e tecnologia. Precisamos aproveitar e explorar nossa vocação natural, que é a agricultura”.
Segundo o palestrante, em momentos de crise, é o campo que sustenta a economia. “Parte do futuro do Mato Grosso do Sul e do Brasil passa pelo agronegócio. Apenas aqui no estado, essa nova área de 1 milhão de hectares poderia produzir 1,5 milhão de toneladas de soja e 1,3 milhão de milho”, estimou.
Fonte: Gazeta do Povo – Paraná
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