A pista de julgamento do Parque de Exposições Laucidio Coelho ficou movimentada na tarde da última sexta-feira (25). Um dos mais importantes eventos para os criadores de Girolando de Mato Grosso do Sul reuniu criadores, alunos de medicina veterinária, profissionais de várias áreas e muitos apaixonados pela raça.

Na pista, mais de 60 animais disputaram categorias como meio sangue, cinco oitavos e três quartos, todos com excelente potencial genético e ótima capacidade produtiva. Um dos criadores com animais em pista foi Renato Medrado, apaixonado pela raça e com raízes no Girolando há mais de 20 anos. “A história da raça na nossa família vem de muitos anos, escolhemos o Girolando por ser uma raça de fácil adaptação às condições climáticas da nossa região e bem rústica, resistente a doenças e com uma capacidade produtiva sem igual” diz Renato.

A programação faz parte da 16ª Exposição Ranqueada Girolando ExpoMS 2017 que teve ainda o 3º Leilão Virtual Raça Girolando. Os julgamentos seguiram durante a manhã de sábado (26), e no mesmo dia, criadores de todo o Estado se reuniram para o “Grito do Leite”, movimento para dar mais força e incentivo ao produtor de leite Sul Mato-Grossense.

“O setor leiteiro vem passando por dificuldades em Mato Grosso do Sul e nós queremos, nessa oportunidade, unir forças para entregar uma proposta ao governo de incentivo à cadeia produtiva do leite. A ideia é entregar a proposta para que nos ajudem a sair da crise e assim retomarmos os números positivos que tínhamos para voltarmos a crescer” ressalta Aurora Real, criadora de Girolando.

Participaram do evento mais de 100 alunos do curso de medicina veterinária da Uniderp que, com a oportunidade, puderam entender um pouco mais sobre a genética da raça Girolando. “Na grade de disciplinas estou trabalhando com eles a bovinocultura de leite então casou certinho o julgamento com a matéria de morfologia. Foi uma verdadeira aula prática já que muitos tiveram a oportunidade de conversar com criadores, ouvir do juiz da prova as questões morfológicas do animal como tamanho de úbere, anca, sem contar toda a parte genética, entender como é o meio sangue, por exemplo. Então para nós o saldo foi extremamente positivo” diz Marcelo Monteiro, professor de Medicina Veterinária.