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Voltar 08/11/2018
Dermatophytosis in Dogs Treated With Complex Homeopathic
La tiña en perros tratados con complejo homeopático
1Patrícia M. de Rezende, 2Dra. Ana Laura Bello de Oliveira, 3Dr. Jorge Alex Rodrigues, 4Prof. Dr.
Claudio Martins Real.
1Médica veterinária – assessora técnica Homeo Pet
2Médica Veterinária Hospital veterinário Universidade Católica Dom Bosco – UCDB
3Médico Veterinário Hospital veterinário Universidade Católica Dom Bosco – UCDB
4 Prof° Emérito Universidade Federal do Rio Grande do Sul,UFRGS, e Mato Grosso do Sul – UFMS,
RESUMO
As dermatofitoses são doenças da pele causadas por fungos que ocorrem em cães, gatos e
no homem. Os agentes mais comuns destas dermatoses pertencem a três gêneros de fungos:
Microsporum, Trichophyton e Epidermophyton. As leões de pele variam em extensão, profundidade e localização. A contaminação ocorre geralmente por contato direto. Existem diversos medicamentos anti-fúngicos usados no tratamento dos animais, mas estas drogas demandam um tempo de tratamento considerado longo e podem causar efeitos colaterais ou até mesmo intoxicações graves. O objetivo deste trabalho é apresentar o caso de um cão com dermatofitose por Trichophyton sp., tratado com o complexo homeopático comercial [1]Pró-Derma® e mostrar como este tratamento foi rápido eficaz e sem oferecer riscos de intoxicação para o animal, meio ambiente e pessoas.
Unitermos: Dermatofitoses, Trichophyton, Complexo, Homeopático.
ABSTRACT
Dermatophytosis are skin diseases caused by fungi that occur in dogs, cats and humans. The most common agents of these dermatoses belong to three genera of fungi: Microsporum,
Trichophyton, Epidermophyton. Skin lesions vary in length, depth and location. Contamination
usually occurs by direct contact. There are several anti-fungal medications used to treat animals, but these drugs require a considerably long treatment time and may case of a dog with dermatophytosis caused by Trichophyton spp., treated with the homeopathic complex commercial 5Pró-Derma® and display how effective this treatment was rapid and without a risk of poisoning for animals, environment and people.
Keywords: Dermatophytosis, Trichophyton, Complex, Homeopathic.
RESUMEN
Dermatofitosis son enfermedades de la piel causadas por hongos que se producen en perros, gatos y seres humanos. Los agentes más comunes de estas dermatosis pertenecen pertenecen a tres géneros de hongos: Microsporum, Trichophyton y Epidermophyton. La piel de león varían en longitud, profundidad y localización. La contaminación se produce generalmente por contacto directo. Hay varios medicamentos antimicóticos utilizados para tratar a los animales, pero estos medicamentos requieren un tiempo de tratamiento bastante largo y puede causar efectos secundarios o intoxicación, incluso grave. El objetivo de este trabajo es presentar el caso de un perro con dermatofitosis causada por Trichophyton spp. Tratado con el complejo comercial homeopática 5Pró-Derma ® y demostrar la eficacia de este tratamiento fue rápida y sin riesgo de intoxicación para los animales, el medio ambiente y las personas.
Palabras clave: Dermatofitosis Trichophyton, complejo, homeopática.
INTRODUÇÃO:
A Dermatofitose é uma dermatose superficial, causada por fungos, denominados dermatófitos que possui caráter contagioso e que apresenta predileção por tecidos queratinizados como unhas, pêlos, cascos e a camadas superficiais da pele. A grande ocorrência na contaminação de animais e seres humanos se deve principalmente ao clima quente e úmido em países tropicais e subtropicais [1].
Há três gêneros, causadores das dermatofitoses, o Microsporum (M.audouinii, M.canis,
M.gypseum.), o Trichophyton (T.tonsurans, T.mentagrophytes, T.rubrum e T.shoenleinii.) e
Epidermophyton (E.floccosum.). Os dermatófitos que mais frequentemente infectam os animais são os dos gêneros Microsporum sp e o Trichophyton sp [4]. Esses agentes podem ser divididos em três grupos com base em seu habitat natural: geofílico, zoofílico e antropofílico [4].
Os dermatófitos geofílicos, como o M. gypseum, habitam normalmente solo. Os dermatófitos zoofílicos como M. canis, M. distortum e T. equinum se adaptam aos animais e raramente são encontrados no solo. Em geral os dermatófitos zoofílicos causam menos reações inflamatória que os geofílicos. Os dermatófitos antropofílicos, como o M. audonii, são adaptados aos seres humanos e não vivem no solo [4].
A maioria dos casos clínicos de dermatofitose em cães e gatos é causada por três tipos de fungos: o Microsporum canis,o Microsporum gypseum e o Trichophyton mentagrophytes [8].
As dermatofitoses são doenças de caráter infectocontagioso. A incidência e a prevalência destas dermatoses variam com o clima e com a presença de reservatórios naturais desses agentes. Independente da idade, sexo ou raça todos os animais são suscetíveis a infecção, mas acredita-se que exista uma predisposição genética para o seu desenvolvimento [1]. Como ocorre em outras doenças infecciosas, os animais jovens são mais predispostos a adquirir infecções dermatofíticas e desenvolver os sintomas, assim como os idosos e debilitados [5]. Elas são doenças extremamente contagiosas, não apenas entre os animais, mas também dos animais para o homem. O contato direto com os artrosporos e hifas é o modo comum de transmissão [1 e 4].
As Dermatofitoses podem ser transmitidas por contato com pêlos e caspa infectados ou com elementos fúngicos dos animais do ambiente ou fomites. [5].
Fora o contato direto, fontes importantes de infecção são os denominados portadores, que são animais sem lesões aparentes e que ainda assim conduzem o material infeccioso [4].
Em cães com dermatofitose as lesões macroscópicas e microscópicas variam consideravelmente dependendo da interação entre hospedeiro e fungo e do grau da inflamação [2].
Podem ocorrer áreas com lesões em forma de anel, áreas de alopecia, com crostas, caspas e/ou pápulas. Os animais infectados podem apresentar nódulos eritematosos chamados kerions e também foliculite. A distribuição das lesões pode ser focal, especialmente nos membros, ou multifocal e difusa [1].
Em felinos a frequência maior é a de áreas irregulares ou anulares de alopecia com ou sem descamação, os pelos parecem quebrados e desgastados e a hiperqueratose folicular pode resultar em comedões. A alopecia pode ser grave e disseminada e acompanhada de pouca evidência de
inflamação [10].
As lesões em cães e gatos sadios são frequentemente limitadas. O prurido é geralmente
mínimo ou ausente, embora esporadicamente possa ser acentuado, quando há infecção bacteriana secundária [8].
O diagnóstico pode ser feito através de exames de fluorescência frente a lâmpada de Wood, exames microscópicos dos pêlos (tricograma), cultura fungica ou através de biópsia e histopatologia de pele [10].
O exame mais confiável é o da cultura fúngica dos pêlos que é feito com a simples extração dos pêlos da lesão ou pelo raspado de pele. As culturas são feitas em meio especial e incubadas por até 21 dias e checadas diariamente para constatar o crescimento fúngico. Após é coletado material da superfície das colônias e feita a identificação morfológica através de microscopia [1]. Deve ser feito o diagnóstico diferencial inicialmente para a Foliculite Estafilocócica e a Demodicose [8].
Outros diagnósticos diferenciais devem ser igualmente feitos quando se tratarem de lesões regionais ou generalizadas em felinos; para a Hipersensibilidade à picadas de pulgas ou de carrapatos, à Alopecia Psicogênica ou à Abscessos por mordidas. No caso de cães deve ser feito o diagnóstico diferencial para doenças imuno-mediadas e profundas lesões micóticas [7] e ainda diferenciar de defeitos de queratinização, Piodermite superficial e Alopecias após injeções [7].
Os tratamentos normalmente utilizados devem ser locais e sistêmicos. Nos tratamentos
tópicos os pêlos devem ser cortados deixando uma margem tricotomizada de 6cm em volta das
lesões e no local pode ser feita a aplicação de Iodo polivinilpirrolidona a 10% [2]. O uso do Cetoconazol e do Hipoclorito de sódio em solução também são eficientes, no entanto demoram
muito tempo para produzir o efeito desejado o que resulta em perda de tempo para ao final concluir por resultado negativo [9].
Nos tratamentos sistêmicos o Cetoconazol pode ser utilizado, esse tratamento deve ser
prolongado pelo menos por quatro semanas após a cura clínica da enfermidade. Outra opção de tratamento oral é a Griseofulvina, que deve ser administrada a cada 24 horas por uma média de tempo de 41 dias. O Intraconazol pode ser utilizado quando há resistência ou toxicidade por parte da Griseofulvina [1].
Os casos crônicos e recidivantes de dermatofitoses ocorrem geralmente quando os
tratamentos anteriores foram ineficazes, ou quando ocorreu duração inadequada do tratamento, falha na tricotomia e falhas na eliminação das possibilidades de contágio seja de animais ou do meio ambiente. As dermatoficoses também podem ocorrer e estar relacionadas com enfermidades como: Hiperadrenocorticismo , Diabete Melitus e infecções com FIV e/ou FELV, cânceres ou ainda tratamentos imunossupressores [8].
A pesquisa de novos fármacos para combater as Dermatofitoses nos homens e nos animais é uma busca frequente. Os medicamentos alopáticos são de origem química e podem causar intoxicações nos pacientes por esse motivo, recentemente tem-se recorrido a terapêuticas diferenciadas, como a Homeopatia.
A Homeopatia foi criada no final do século XVIII pelo médico alemão Samuel Hahnemann
(1975-1834). Esta terapêutica se baseia na Lei dos Semelhantes, “Similia similibus curantur” lei
natural de cura já registrada nos “Aforismas” escritos por Hipócrates 400 a.C.. A aplicação da Lei dos Semelhantes consiste em tratar as doenças administrando medicamentos que no homem sadio causam os mesmos sintomas que os apresentados pelo paciente a ser tratado [6].
Com receio das intoxicações medicamentosas comuns da sua época, Hahnemann procedeu às diluições dos medicamentos e entre uma diluição e a subseqüente o frasco era submetido a uma série de sucuções. A este procedimento Hahnemann denominou de dinamização. Ele dizia que era a dinamização que liberava a energia medicamentosa da substância contida no medicamento [6].
Por utilizar medicamentos extremamente diluídos e potencializados a Homeopatia não causa efeitos colaterais, intoxicações e intolerâncias, não existindo por isso qualquer tipo de contra indicações. Além dessas vantagens, os medicamentos homeopáticos podem ser associados a qualquer outra terapia Ela atua também melhorando a qualidade de vida em pacientes terminais de câncer, insuficiência renal, hepática, cardíaca e na imunodeficiência [3].
RELATO DE CASO
Em 28 de setembro de 2010 foi atendido pelos Drs. Ana Laura Bello e Jorge Alex Rodrigues no hospital veterinário da Universidade Católica Dom Bosco, UCDB, Campo Grande, MS um canino, macho, três anos, da raça chow-chow. O cão fora abandonado no hospital veterinário devido a uma infecção de pele recorrente, os proprietários cansaram de tratar o animal, pois não viam melhora no quadro.
Exame clínico: o animal apresentava áreas de alopecia em várias partes do corpo, principalmente na cauda, períneo, pescoço e peito (fig. 2,3 e 4).
cauda, períneo, pescoço e peito (fig. 2,3 e 4).
(fig. 01 fonte: própria) Estado geral do animal
(fig.2 fonte: própria) Falhas de pêlo nos (fig. 3 fonte: própria) Falhas de pêlo. (fig. 4 fonte: própria) Falhas de pêlo no membros posteriores e lesão ao redor na cauda pescoço e peito.
Exames complementares: foi realizado raspado de pele e cultura. O laudo do exame (fig. 05) foi positivo para o fungo: Trichophytum sp.
(fig. 05- Fonte: UCDB) Resultado da microbiologia que mostra a presença do fungo
Conduta terapêutica: após o resultado do exame teve inicio o tratamento com o Homeo Pet Pró-Derma® 3 borrifadas 3 vezes.
Evolução: em 20 dias (18.10.10) de tratamento o animal foi reavaliado. Já apresentava significativa melhora, as áreas de falha de pêlo haviam diminuído (fig. 06 e 07) e algumas chegaram desaparecer (fig.07). Foi recomendado dar continuidade ao tratamento por mais 10 dias.
(fig.6- Fonte: própria)-Redução das falhas (fig. 7 Fonte: própria) Volta dos (fig. 8 Fonte: própria) Peito e pescoço
de pêlo perianal e nos membro posterior pêlos na região da cauda sem falhas de pêlo
No segundo retorno, após 29 dias (27.10.10) do inicio do tratamento, o cão não apresentava mais falhas de pêlo nem lesões na pele. Foi indicado continuar o tratamento até o termino do produto.
(fig. 9 Fonte: própria) períneo e (fig. 10 Fonte: própria) Cauda fig. 11 Fonte: própria) Pescoço e
membros posteriores sem lesões totalmente recoberta de pêlo peito já cobertos de pêlo
(fig. 12 Fonte: própria) Grande melhora do estado geral do animal
CONCLUSÃO
Neste caso é possível observar a eficácia e a rapidez do tratamento homeopático, pois o caso era complexo e recidivante. O animal já havia passado por vários tratamentos alopáticos que não tinham resolvido o problema. Com o uso do Homeo Pet Pró-Derma® o animal em apenas 20 dias já apresentava grandes melhoras, com diminuição nas falhas de pêlo. Após 29 dias a pelagem do cão estava restabelecida e o animal apresentava melhora do estado geral, estava completamente recuperado das lesões.
O medicamento além de promover a cura, o fez em tempo que pode ser considerado recorde, pois os tratamentos de problemas de pele causados por fungos normalmente são demorados, principalmente em casos como este que já era crônico.
Após a recuperação o animal foi encaminhado para adoção.
REFERÊNCIAS:
[1] DEBORTOLLI, J. M.; LIMA, C. P.; DIAS, A. S.; AGUIAR, G. B. Dermatofitose em felinos domésticos – revisão. Revista clínica Veterinária, ano XVI, n. 95, pag. 34–40, 2011.
[2] CORNEGLIANI, L.; PERSICO, P.; COLOMBO, S. Canine nodular dermatophytosis (kerion): 23 casos. Veterinary Dermatology, v. 20, n. 3, p. 185-190, 2009.
[3] LOPES D.F. A Homeopatia Através dos Séculos. Cães e Gatos, ed.126, p. 42-44, 2009.
[4] MEDEIROS, F., CREPALDI, N., TOGNOLI, L. DERMATÓFITOS – REVISÃO DE LITERATURA, REVISTA CIENTÍFICA ELETRÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA, ano VII, n. 12, ISSN: 1679-7353, 2009
[5] MULLER, G. H.; KIRK R. W.; SCOTT D. W. Dermatologia de pequenos animais. 5ª edição. Rio de janeiro: Interlivros, cap.5, p. 301-359, 1996.
[6] REAL, C.M. Homeopatia Populacional – Fundamentos Ruptura de um Paradigma. Revista A Hora Veterinária – Ano 28, nº 164, p. 13-20, 2008.
[7] SCHAER, M. Clinical Medicine of the Dog and Cat. Pag. 20, 2010.
[8] SCOTT, D. W.; MILLER, W.H.; GRIFFIN, C. E. Diseases of eyelids, calws, anal sacs, and ears. In: MULLER, G. H.; KIRK, R. W. Small Animal Dermatology. 6. Ed. Philadelphia: Editora W.B. Saundres Company. p. 336-408, 2001.
[9] WILLEMSE, T. Dermatologia clínica de cães e gatos. 2ª edição. São Paulo: ed. Manole Ltda, cap. 3, p. 22-25, 1998.
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